terça-feira, novembro 20, 2007

Daquilo que não se sabe mais

Tinha sido tudo tão lindo, tão bom. Cara-a-cara, um dia todo de conversas, as coisas completamente acertadas. Segue a vida então, era o que ela pensava. E quando achava que estava tudo normal ele consegue surpreendê-la e, obviamente, deixá-la muito mais feliz.

No ar, sem ar. Uma vontade desenfreada que toda aquela história se resolvesse como num passe de mágica, como se fosse possível acontecer algo além do racional. Eles já tinham conversado sobre isso, mas não adiantava, naquele instante ela acreditou ser tudo possível. Sabia que tinha que se conformar com o que poderia ter, mas era teimosa demais para aceitar isso assim.

Sumiço, conflito entre querer e poder, confusão mental. E disso surge um desabafo. Palavras soltas, mal colocadas e pior, mal interpretadas. E foi aí que ela descobriu que, mais uma vez, fez tudo errado. Entendeu que dizer uma coisa querendo outra não modifica seus pensamentos e ainda provoca tristeza em quem não consegue compreender o que há por trás de tais palavras.

Nesse momento desejava não ser uma ''autora admirada '', queria apenas que ele entendesse que tudo o que disse foi uma forma de aplacar um sofrimento. Uma dor que ela sabia que teria que passar. Tarde demais pra voltar atrás. À garota só restava um fiozinho de esperança de que todo aquele ressentimento externado de maneira tão dura fosse sumindo aos poucos e que ele pudesse perdoá-la.E era por isso que corria atrás.

Logo ela, tão orgulhosa, passava por cima de sua altivez e tentava mostrar a ele sua importância. Mesmo sabendo que o garoto nem poderia questionar isso, afinal de mais quantas demonstrações ele precisava? E ela, será que sabia mesmo o que ele sentia? Mas isso não importava mais.

Todos os seus sonhos começavam a se dissipar, como se a realidade e a severidade das palavras gota a gota os desmachassem. Parece que o que era difícil tinha se tornado impossível, e nisso ela não queria crer. Imaginar que toda a sua luta foi em vão fazia com que ela se sentisse derrotada. Derrotada por quatro linhas.

E é aqui que ela percebe que a narradora tem que se incorporar à personagem.
Por que ela não vai te perder de novo, e não vai ser só uma lembrança pra você.
Mas essa é minha última tentativa, prometo.


Entendeu agora?

2 comentários:

Bruna disse...

Então, nessas horas a gente sai de fora do contexto e olha de dentro da situação.
e não deixa isso morrer não.
pior de tudo é a frustração.
anda, personagem, toma teu lugar e age!!

Sim, voltei, de cara nova.
e espero continuar dessa vez.
=**

Bruna disse...

E ó, tem recado pra vc no meu blog , no post "Corrente Inteligente"

SAC

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