El nombre del sucesso

Cidade cenográfica mal acabada, personagens melodramáticos, orfãos perdidos, lágrimas artificiais, malvada chamada Lucrécia ou Malvina. Junte-se à isso uma boa dose de fantasia, protagonistas com nomes duplos (que obviamente não combinam), e um nome estrambólico para o folhetim. Está pronta a receita para um ótimo dramalhão Mexicano. Ah...Não se pode esquecer da fiel e corajosa produtora Televisa, que ainda insiste em produzir essas novelas de grande (?!) sucesso.

O enrredo pode ser qualquer um, mas tem que ter alguma coisa beeeem triste senão não tem graça, né?! Uma Irmã gêmea que toma o lugar da outra, e eis que surge A Usurpadora. Uma mulher feia mas, de bom coração que no fim vai ficar linda, e teremos A Feia Mais Bela ou Betty, A feia. Crianças bonitinhas que encontram uma casa mal-assombrada e um velho rico que decide se tornar uma pessoa melhor, Alegrifes e Rabujos (como assim Bial?). E os nomes esdrúxulos nao param por aí. Num dia de tédio você pode assistir Eu Compro Essa Mulher, chorar junto ao drama vivido pelos personagens de A Esposa Virgem, descobrir que A Alma Não Tem Cor (jura?!), e pode conhecer Pedro, O Escamoso (não gente, ele não é uma espécie de homem-peixe).

Novela Mexicana também é cultura pessoal! Em que outro lugar você vai entender que Os Ricos Também Choram, encontrar seu Primeiro Amor - A mil Por Hora (o que é que uma coisa tem a ver com a outra?), descobrir que vivemos num Mundo de Feras, e vai tomar um Café com Aroma De Mulher? Tudo bem que a galera devia tá meio drogada quando bolou esses nomes fantásticos, mas pode confessar que você já assistiu a pelo menos uma dessas grandiosas produções que contam com personagens como: Carlos Daniel, Candelária, Francisco Otávio, ou Maria Guadalupe.

Engraçado é que Sêo Silvio - o dono do Sbt - deve ter algum tipo de ligação com essas novelas. Porque quando ele não compra a transmissão completa, compra a história e produz aqui no Brasil uma iNgualzinha. Caraca, isso deve ser porque a vida dele é digna de um enrredo desses. Diga aí se a história de um camelô que virou o hômi do Baú não faria sucesso? Eu com certeza não tiraria os olhos da telinha.